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Foz do Iguaçu, Paraná, Brazil

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Do Caburaí ao Chuí

DO CABURAÍ AO CHUÍ
Publicado por Ministério Público do Estado da Roraima (extraído pelo JusBrasil)...

Um erro que durou séculos ainda se repete em propaganda publicitária da empresa TIM Celular, que troca o Caburaí pelo Oiapoque. A denúncia foi apresentada ao Ministério Público Estadual por um cidadão comum que se sentiu ofendido ao assistir a um comercial da TIM Celular, veiculado na mídia nacional, em que a operadora faz referência aos dois pontos extremos do Brasil, como sendo do Oiapoque ao Chuí e não Caburaí ao Chuí.
Após tomar conhecimento dos fatos, o promotor Ademir Teles Meneses, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e Cidadania instaurou Procedimento Investigatório Preliminar (PIP) para apurar o erro cometido na propaganda da TIM.
É de conhecimento público que houve alteração em relação ao ponto mais extremo do Brasil. Hoje ele se localiza no Monte Caburaí, situado aqui no estado de Roraima, então esse cidadão se sentiu ofendido, primeiro pela informação geográfica equivocada passada para todo o Brasil e segundo, como cidadão roraimense, pelo descaso da operadora com essa desinformação, valorizando um ponto de outro estado da nação e desprezando o verdadeiro ponto extremo que está no estado de Roraima, o Caburaí”, explicou o promotor.
Ainda conforme Ademir Teles, a divulgação errada por parte da TIM Celular é um ofensa à cidadania e a todos os cidadãos brasileiros porque traz uma informação errada sobre o extremo norte, além de ser um ofensa direta ao cidadão do estado de Roraima que tem o direito de ver lançado a nível de Brasil a informação correta, de que o ponto extremo ao norte brasileiro se encontra localizado no Monte Caburaí, em Roraima”, esclarece.
O Monte Caburaí fica localizado no município de Uiramutã, no extremo norte do estado de Roraima, possui 1.465m de altitude, e encontra-se dentro do Parque Nacional do Monte Roraima. Dividido ao meio pelo estado de Roraima e a República Cooperativista da Guiana.

No ano de 1931, uma expedição demarcadora de fronteiras criada liderada pelo Marechal Cândido Rondon foi até o Monte Caburaí e chegou a afirmar que o local se tratava do extremo norte do Brasil. Mesmo assim, ficou por muito tempo esquecido e o Oiapoque, no Estado do Amapá, ficou sendo considerado o ponto onde começaria o Brasil. A correção começou a ser feita só em 1996, com a criação do município do Uiramutã. Em 1998, depois de uma expedição conjunta das Forças Armadas, IBAMA, FUNAI, Embrapa, UFRR, entre outros órgãos federais e estaduais, foi confirmado que o Caburaí fica no extremo norte, a exatos 84 km a mais do que o Oiapoque, porém esse erro só foi reconhecido na geografia brasileira em 2002, quando o Ministério da Educação começou a fazer as correções nos livros didáticos.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação - MPE/RR

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Foz: os terrenos vazios na área central e o desenvolvimento da cidade

Foz: os terrenos vazios na área central e o desenvolvimento da cidade

* Luiz Henrique Dias (escrito para o portal ClickFoz)

Amigos, hoje quero, em poucos parágrafos, compartilhar com vocês minha reflexão referente a uma discussão que há muito tempo vamos deixando de lado em Foz do Iguaçu, um pouco por estarmos envolvidos em outros problemas mais agudos (como transporte, segurança, saúde, etc.) e um pouco, também, pelo receio que sempre tivemos dos proprietários desses imóveis, geralmente nossos patrões, mas acredito que seja o momento de enfrentarmos essa questão crônica, não com um viés de revolução social, mas como algo fundamental para o desenvolvimento de nossa cidade.

Pensemos assim: um terreno vazio na área central serve, só e somente só, à especulação imobiliária. Representa um espaço vazio circunscrito em uma área de grande infraestrutura, com serviços, transportes, supermercados, pistas de caminhada, etc. Nesses imóveis, poderiam estar morando, calculo, mais de uma dezena de iguaçuenses que, em função da proximidade com seus locais de trabalho e estudo, deixariam de utilizar o carro em parte de seus deslocamentos e ganhariam tempo e qualidade de vida.

Quando não ocupamos as áreas centrais da cidade, forçamos um crescimento das áreas de periferia, onde, geralmente, não há estrutura ou, quando há, geralmente não é suficiente ou não foi dimensionada para expansão. Assim, o dinheiro público tem que pagar uma conta alta em levar serviços para essas novas áreas, enquanto o que já está pronto fica subutilizado.

Outro aspecto relevante é que estes terrenos baldios são focos de violência ou de insegurança.

O que fazer então?

A primeira ação é taxar esses imóveis. O IPTU progressivo, existente em várias cidades do país, é uma saída a médio prazo. Ele não onera o proprietário de imediato, mas dá a ele um prazo legal (que pode ser alguns anos) para dar um uso ao imóvel. Caso isso não ocorra, seu IPTU começa a subir anualmente, até que se torne inviável manter o imóvel desocupado e, assim, force sua utilização como comércio ou moradia. Além disso, um adensamento da área central poderia ser feito com a construção de mais prédios e o maior controle na aprovação de edificações baixas ou somente comerciais num determinado perímetro do Centro de Foz.

Agora, muito do que falo acima já é previsto de ocorrer na cidade, há tempos, mas falta vontade política. Uma verdadeira ação de controle urbano deve ir além de um Governo, de um Prefeito, deve ser uma ação da cidade, um compromisso de todos.
Precisamos vencer o medo de enfrentar os problemas. Somente assim vamos construir uma Foz do Iguaçu mais justa e mais igual, um lugar melhor pra se viver.

* Luiz Henrique Dias é escritor. Leia mais em www.luizhenriquedias.com.br ou siga ele no Twitter: @luizhdias
luiz@luizhenriquedias.com.br