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Foz do Iguaçu, Paraná, Brazil

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

IDEIAS INQUIETANTES

E a grande jornada começou...
Sempre procurando ir em frente,
Mas muitas vezes começando tudo de novo...

Dá uma enorme aflição:
Sabe que deve sempre continuar,
Mas se não começar pelo novo caminho...
Então começa...

Não é fácil nem explicar...
A vida vai passando,
E não consegue se realizar...

Se acha!
Tudo passa a ser lindo...
Não se preocupa com mais nada.
De repente...

Lá está de novo,
Fazendo as coisas desde o começo,
Pensando que agora dará certo.

Foz, 07/02/85

Futebol

Eu, nessa época de final de campeonato, começo a achar que não sou normal (ou que nem sou humano), porque não gosto de futebol (ou melhor, nem não gosto nem gosto) e acho um absurdo como as pessoas torcem a favor ou contra esse ou aquele time.

Mas, sei lá: talvez sejam esses sentimentos que deem sentido à vida das pessoas humanas (Gosto tanto desse termo: "pessoas humanas". Porque o sentimento das pessoas que não são humanas também existe, segundo quem precisa dizer que são "pessoas humanas" mesmo quando é para falar de sentimento, de pensamento, amor, ódio, compreensão... É cada coisa!).

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

LIBERDADE

“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade” (DUDH, Art. 1º).

Liberdade,
É as folhas serem movidas pelo vento,
É os pássaros voarem com as asas,
E os homens com o pensamento.

Liberdade,
É as pessoas terem sol,
Mas ter sombra quando quiserem.
É ter chuva,
Mas não serem obrigadas a se molhar.

Liberdade,
É correr,
Sempre para algo melhor,
Sem que ninguém trace o caminho.
É receber apoio dos amigos nas horas difíceis.

Liberdade,
É poder pensar num futuro melhor,
Sem o perigo de “forças estranhas” interferirem.
É poder andar descalço,
Sem o perigo de se contaminar
Por sujeiras deixadas por outros.

Liberdade,
É poder alertar para o que está errado;
É poder pensar,
Poder falar,
Escrever...

Liberdade,
É ter silêncio quando se quer ou precisa,
Mesmo numa cidade grande;
É ter ar puro,
Em toda parte do mundo.

Liberdade,
É ser livre para fazer o que se quer,
Para sentir a liberdade...

Foz, 17/05/85

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sociedade Protetora dos Animais Humanos

Vejo tanta gente abandonada, sem cuidados, sofrendo, e tanta Sociedade Protetora dos Animais cuidando apenas de quadrúpedes ou bípedes penosos, que penso estar na hora de alguns desses defensores da vida animal lembrarem que também somos animais, “animais mamíferos, bípedes, que se distinguem dos outros mamíferos, como a baleia, ou bípedes, como a galinha principalmente por duas características: o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor”.

Gostaria que percebessem que: “o telencéfalo altamente desenvolvido permite aos seres humanos armazenar informações, relacioná-las, processá-las e entendê-las; o polegar opositor permite aos seres humanos o movimento de pinça dos dedos o que, por sua vez, permite a manipulação de precisão”, mas que, como animais que também somos, também poderiam dispensar atenção e recursos para com os de nossa espécie que estão à míngua por aí.

Cadê abrigos para os que, por um motivo ou outro, estão sem clãs, sem amigos, sem lar? Cadê comida, carinho? Por que cachorros ou répteis peçonhentos e traiçoeiros merecem mais atenção que, por exemplo, aquela senhora já idosa que anda pelas ruas com um saco nas costas e passa fome e frio até quase morrer? Por que não criam uma SPAH - Sociedade Protetora dos Animais Humanos?

E eu, que por força das circunstâncias existenciais às vezes sou chamado a tentar resolver alguma dessas situações, só tenho para onde encaminhar os quadrúpedes e bípedes penosos, sendo que os da espécie a que penso pertencer não têm ninguém que tenha criado uma estrutura adequada para recebê-los, e não tem ninguém que os queira... Principalmente à noite, nos finais de semana, feriados, recessos...!

Obs.: Partes entre aspas retiradas do curta-metragem Ilha das Flores.

domingo, 4 de dezembro de 2011

BUSCA

Preso ao próprio ser.
Agarrado à própria natureza.
Emprestado ao próprio organismo.
Perdido no deserto humano.
Buscando suas próprias raízes.
Querendo encontrar-se
na sua própria vida.
Eis-me!

(Soly)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Propugnar por menos, igual ou mais vereadores?

Várias organizações de Foz do Iguaçu (Veja lista no final) estão empenhadas numa luta pelo não aumento do número de vereadores e, em segundo plano, pela diminuição do orçamento daquela casa de leis para a metade do que faculta a Lei Maior.

A priori parece que quase toda a população é favorável a isso, ainda mais que quem vai contra um "movimento" respaldado por instituições fortes (principalmente no aspecto econômico, que permite fazer "a sua verdade" ser majoritária, imposta) encontra muita oposição, não consegue espaço para apresentar e debater suas ideias. Mas eu vejo que, ao menos no primeiro aspecto da luta, estão totalmente equivocados e prestando um desserviço à democracia, porque quanto mais representantes do povo tivéssemos no Legislativo (Municipal), maior seria a possibilidade de termos nossos anseios atendidos, e isso sem a necessidade de haver maiores gastos.

Eu não analisei individualmente as signatárias, mas, no geral, organizaram e/ou contribuíram para um movimento que, como disse no parágrafo anterior, é equivocado e denotador de inconsistência política ou interesses velados. Primeiro, porque quanto mais vereador tivéssemos, mais representatividade teríamos, fazendo com que uma pessoa mais simples, "sem tanto relacionamento, eloquência convencedora de multidões e recursos financeiros próprios ou de terceiros" pudesse ser eleita, o que faria com que fosse mais provável termos entre os vereadores algumas pessoas mais próximas, mais vizinhas mesmo (mais acessíveis, mais fáceis de serem encontradas, cobradas), ou, mesmo não sendo nossas conhecidas, que fossem em número razoável os que não aceitam esconder a verdade, que, assim, denunciassem qualquer irregularidade que viesse a ocorrer nos bastidores do poder legislativo. Segundo, porque não é o fato de ter mais vereadores que, automaticamente, teríamos mais despesa, porque poderíamos pensar em diminuir drasticamente o número de assessores (que ganham quase igual ou até mais que os vereadores), porque, apesar de um ou outro vereador usá-los realmente para trabalhar, muitos os têm apenas para poder apadrinhar alguém ou mesmo somar mais ganhos aos seus salários. Terceiro, porque uma Câmara poderá ter poucos vereadores e, através de outros salários, mordomias e gastos desnecessários, gastar todo o repasse que a Prefeitura, por lei, é obrigada a fazer. Quarto, porque o movimento foi baseado numa pesquisa feita numa conjuntura em que a sociedade está ignorante quanto à importância e imprescindibilidade dos políticos, sendo que, se fosse para radicalizar (como vi num email que está circulando para chamar as pessoas para lutar contra a corrupção), muita gente acha que poderíamos "acabar com todos os políticos do Legislativo, com todos os Legislativos, porque tudo isso não serve para nada", e, assim, sem conscientização, sem a possibilidade de alguém defender outras alternativas que não esta, com certeza a maioria da população aprova tais medidas reducionistas, e se aproveitar disso para lutar por algo é oportunismo (ou ser ignorante com outros ignorantes).

É isso. Penso que elenquei minhas razões, e penso que vários outros, políticos ou não, não deram suas razões contrárias porque foram massacrados pela onda que, originada de sucessivos abalos, segue esse rumo!

Lista:
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Regional Oeste PR – ABIH; Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu – ACIFI; Centro Cultural Beneficente Islâmico; Conselho do Jovem Empreendedor de Foz do Iguaçu – COJEFI; Conselho Municipal do Turismo – COMTUR; Conselho Regional de Contabilidade do Paraná – CRCPR; Igreja Católica; Iguassu Convention & Visitors Bureau; Lions 3 Fronteiras; Lions Clube Itaipu; Loja Maçônica Acácia do Iguaçu; Loja Maçônica Cataratas do Iguaçu; Loja Maçônica União das 3 Fronteiras; Loja Maçônica Universitária Panamericana; OAB Foz do Iguaçu; Observatório Social de Foz do Iguaçu; Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná – SecoviPR; Sindicato da Indústria da Construção Civil do Oeste do Paraná – Sinduscon/OestePR; Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento – SescapPR; Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu e Região – Sindhotéis; Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilifdades de Foz do Iguaçu – Sincofoz; e Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu e Região – Sindlojas.

A IGREJA E O MUNDO

A Igreja, quando verdadeira – no sentido de séria –, existe para levar as pessoas a uma vida espiritual que faça com que possam ser felizes. Mas para se ter felicidade é também necessário que se tenha uma vida material digna, que possua o necessário para uma boa alimentação, moradia, educação, instrução, saúde, lazer, etc.

Por isso não há condições de uma instituição, e seus integrantes, ficar simplesmente com preocupações espirituais, sem ligação com o mundo temporal (material, terreno). É preciso que a Igreja esteja também preocupada com a vida material das pessoas.

De nada adianta as pessoas terem esperanças e não fazerem algo concreto. É necessário que a Igreja esteja empenhada, sempre tendo em vista a honestidade, a fraternidade – que é seu carisma natural – para que exista política, segurança, comércio voltados para a construção de um mundo melhor, mais igualitário, fraterno.

A Igreja Católica, desde o Concílio Vaticano II, está mais aberta a essas idéias, e está lutando, com algumas exceções e muitas dificuldades, para que nenhum crente seja um alienado, mas sim ligado à realidade, sem esquecer que, segundo as religiões, tudo o que fazemos é porque Alguém deu-nos condições para conseguir.

Existem outras denominações cristãs (e não-cristãs) que estão percebendo esta necessidade de estarmos engajados na realidade temporal e fazermos algo de concreto, pois perceberam que “Deus quis precisar de nós para realizar sua obra”, ou seja, é através das pessoas que Ele quer construir um mundo onde todos sejamos irmãos, onde todos vivam a solidariedade e a fraternidade.

Só lutando por essa conscientização, para que unidos façamos o nosso destino, é que a Igreja poderá dar a paz espiritual ao homem. A conscientização do ser humano é o caminho inevitável para que a Igreja realize sua missão no mundo. Por isso é necessário que esses padres, pastores, que teimam em dizer que Igreja não tem nada a ver com política, economia, desemprego, favelas, descubram que tem sim, e que passem a “ser Igreja” de uma forma comprometida com o mundo.

Com tal atitude, a Igreja – e seus representantes – passa a ter enormidades de opositores, mas estará levando o homem a viver consciente de o que deve ser feito para existir igualdade e felicidade aqui e agora, não só depois da morte, num lugar ainda utópico.

Não podemos esperar por uma felicidade que “só virá depois da morte”. É necessário que sejamos felizes já neste mundo, por isso é que a Igreja deve ajudar a todos na busca dessa felicidade, ocupando-se do homem em toda sua existência e não só na parte espiritual, pois a espiritual não poderá ser boa se a material também não for.

Postscriptum: Quando escrevi este "assunto", em 27.03.2001, ainda acreditava um pouco mais nas Igrejas. Hoje acredito menos, porque vejo que estamos passando por um período em que surgem muitas Igrejas mais e mais alienantes, sendo que inclusive a Católica Romana, que eu havia dito que era exceção a parte alienada, agora está crescendo essa parte e em muitos lugares já é maioria, ou quese totalidade. Mas na essência continuo pensando que elas precisariam (ou precisam) contribuir mais com as coisas do mundo!

SENTIMENTOS

Tanta gente morrendo de fome,
Mesmo antes de poder lutar pela vida!

Quando se vê tantas coisas erradas
Vêm estranhos sentimentos...
Sente-se raiva dos dirigentes,
Sente-se pena dos injustiçados,
Sente-se na obrigação de ajudar...
Fazer alguma coisa por essa gente!

Quem é responsável,
O que sente com uma realidade como esta?...
Seres humanos nascem e logo morrem... de fome.
Não teve sequer uma chance para “autoviver”!
Os pais já estavam quase mortos também!

Tanta riqueza no mundo!
Eles podiam ajudar,
Acabar com esta situação...

Mas...

Enquanto fabricam armas,
E matam com elas,
Muitos morrem por elas existirem;
Simplesmente por elas existirem...
Tantos gastos!...

Será que todo mundo tem que ser assim?
Quando não tem, diz que não dá porque não tem;
Quando tem,
Nem se lembra mais de ajudar quem precisa...
O que passa a sentir?...

Quem tem o poder nas mãos,
Quais são os sentimentos deles?
Sabem que poderiam usá-lo para o bem,
Mas usam para o mal...
Em vez de fazerem a paz,
Fazem a guerra.
Em vez de ajudarem quem sofre,
Fazem quem não sofria sofrer...

Por que fazem guerras?
Será que não se sentem melhor na paz?

Foz, 04/01/85

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estadunidenses e europeus: os melhores do mundo

Qualquer que seja o assunto, os europeus, e principalmente os estadunidenses, arrogam-se no direito de ensinarem e cobrarem do “resto do mundo” o que deve, o que pode e como deve ser feito.

Assim, ensinaram e cobraram a excessiva complacência para com os erros das crianças e adolescentes; ensinam e cobram como se deve preservar a natureza, flora e fauna; ensinam e cobram que não se polua; que não exponha trabalhadores a serviços insalubres, como na manipulação e fabrico de telhas e outros objetos de amianto; ensinam a democracia, a liberdade de escolha do próprio destino das nações... Eles ensinam e exigem tudo, tanto que se for necessário, invadem militarmente ou organizam e obrigam outras nações a fazerem “embargos econômicos” para que “só o correto aconteça em toda e qualquer nação do mundo”!

Mas, o que vemos?

Nos Estados Unidos e na Europa, principalmente na Inglaterra, já estão percebendo que adolescentes e até crianças precisam ter limites claros e sérios, a ponto de se necessário serem tirados do convívio social por curtos ou mesmo longos períodos. Descobriram, só para eles, que se a criança não tiver limites acabará chegando à idade adulta sem limites, sem princípios, sem respeito, destruidor, criminoso, egocêntrico ao estremo, fazendo os outros, pais e mestres, seus escravos, seus capachos...

Quanto à preservação da natureza, eles acabaram com tudo, com matas, animais, insetos, e agora querem que nós nos responsabilizemos pelo mundo todo. Por que eles não fazem reflorestamento, repovoamento da fauna de seus países? Será que querem ter o direito de usar toda a terra deles para exploração e obrigar que nós não usemos a nossa?

Os estadunidenses e os europeus cobram não-poluição, mas –principalmente aqueles – são os que mais poluem, são os que mais destroem, são os que mais sofrem com doenças provenientes de poluição, de intoxicação. Será que cobram dos outros, de nós, só para poderem ter exclusividade da produção e venda de certos produtos que, segundo apenas eles, são “mais saudáveis” que os nossos?

E a democracia deles? Por que só invadem e “consertam” nações que lhes interessam para serem exploradas, exploradas em seus minerais, suas agriculturas, em suas economias, suas inteligências e seus braços fortes e baratos? Por que não invadem países em que morrem milhares, milhões de seres humanos à míngua, sem comida, sem água, sem nada o que ser explorado?