A Igreja, quando verdadeira – no sentido de séria –, existe para levar as pessoas a uma vida espiritual que faça com que possam ser felizes. Mas para se ter felicidade é também necessário que se tenha uma vida material digna, que possua o necessário para uma boa alimentação, moradia, educação, instrução, saúde, lazer, etc.
Por isso não há condições de uma instituição, e seus integrantes, ficar simplesmente com preocupações espirituais, sem ligação com o mundo temporal (material, terreno). É preciso que a Igreja esteja também preocupada com a vida material das pessoas.
De nada adianta as pessoas terem esperanças e não fazerem algo concreto. É necessário que a Igreja esteja empenhada, sempre tendo em vista a honestidade, a fraternidade – que é seu carisma natural – para que exista política, segurança, comércio voltados para a construção de um mundo melhor, mais igualitário, fraterno.
A Igreja Católica, desde o Concílio Vaticano II, está mais aberta a essas idéias, e está lutando, com algumas exceções e muitas dificuldades, para que nenhum crente seja um alienado, mas sim ligado à realidade, sem esquecer que, segundo as religiões, tudo o que fazemos é porque Alguém deu-nos condições para conseguir.
Existem outras denominações cristãs (e não-cristãs) que estão percebendo esta necessidade de estarmos engajados na realidade temporal e fazermos algo de concreto, pois perceberam que “Deus quis precisar de nós para realizar sua obra”, ou seja, é através das pessoas que Ele quer construir um mundo onde todos sejamos irmãos, onde todos vivam a solidariedade e a fraternidade.
Só lutando por essa conscientização, para que unidos façamos o nosso destino, é que a Igreja poderá dar a paz espiritual ao homem. A conscientização do ser humano é o caminho inevitável para que a Igreja realize sua missão no mundo. Por isso é necessário que esses padres, pastores, que teimam em dizer que Igreja não tem nada a ver com política, economia, desemprego, favelas, descubram que tem sim, e que passem a “ser Igreja” de uma forma comprometida com o mundo.
Com tal atitude, a Igreja – e seus representantes – passa a ter enormidades de opositores, mas estará levando o homem a viver consciente de o que deve ser feito para existir igualdade e felicidade aqui e agora, não só depois da morte, num lugar ainda utópico.
Não podemos esperar por uma felicidade que “só virá depois da morte”. É necessário que sejamos felizes já neste mundo, por isso é que a Igreja deve ajudar a todos na busca dessa felicidade, ocupando-se do homem em toda sua existência e não só na parte espiritual, pois a espiritual não poderá ser boa se a material também não for.
Postscriptum: Quando escrevi este "assunto", em 27.03.2001, ainda acreditava um pouco mais nas Igrejas. Hoje acredito menos, porque vejo que estamos passando por um período em que surgem muitas Igrejas mais e mais alienantes, sendo que inclusive a Católica Romana, que eu havia dito que era exceção a parte alienada, agora está crescendo essa parte e em muitos lugares já é maioria, ou quese totalidade. Mas na essência continuo pensando que elas precisariam (ou precisam) contribuir mais com as coisas do mundo!
Por isso não há condições de uma instituição, e seus integrantes, ficar simplesmente com preocupações espirituais, sem ligação com o mundo temporal (material, terreno). É preciso que a Igreja esteja também preocupada com a vida material das pessoas.
De nada adianta as pessoas terem esperanças e não fazerem algo concreto. É necessário que a Igreja esteja empenhada, sempre tendo em vista a honestidade, a fraternidade – que é seu carisma natural – para que exista política, segurança, comércio voltados para a construção de um mundo melhor, mais igualitário, fraterno.
A Igreja Católica, desde o Concílio Vaticano II, está mais aberta a essas idéias, e está lutando, com algumas exceções e muitas dificuldades, para que nenhum crente seja um alienado, mas sim ligado à realidade, sem esquecer que, segundo as religiões, tudo o que fazemos é porque Alguém deu-nos condições para conseguir.
Existem outras denominações cristãs (e não-cristãs) que estão percebendo esta necessidade de estarmos engajados na realidade temporal e fazermos algo de concreto, pois perceberam que “Deus quis precisar de nós para realizar sua obra”, ou seja, é através das pessoas que Ele quer construir um mundo onde todos sejamos irmãos, onde todos vivam a solidariedade e a fraternidade.
Só lutando por essa conscientização, para que unidos façamos o nosso destino, é que a Igreja poderá dar a paz espiritual ao homem. A conscientização do ser humano é o caminho inevitável para que a Igreja realize sua missão no mundo. Por isso é necessário que esses padres, pastores, que teimam em dizer que Igreja não tem nada a ver com política, economia, desemprego, favelas, descubram que tem sim, e que passem a “ser Igreja” de uma forma comprometida com o mundo.
Com tal atitude, a Igreja – e seus representantes – passa a ter enormidades de opositores, mas estará levando o homem a viver consciente de o que deve ser feito para existir igualdade e felicidade aqui e agora, não só depois da morte, num lugar ainda utópico.
Não podemos esperar por uma felicidade que “só virá depois da morte”. É necessário que sejamos felizes já neste mundo, por isso é que a Igreja deve ajudar a todos na busca dessa felicidade, ocupando-se do homem em toda sua existência e não só na parte espiritual, pois a espiritual não poderá ser boa se a material também não for.
Postscriptum: Quando escrevi este "assunto", em 27.03.2001, ainda acreditava um pouco mais nas Igrejas. Hoje acredito menos, porque vejo que estamos passando por um período em que surgem muitas Igrejas mais e mais alienantes, sendo que inclusive a Católica Romana, que eu havia dito que era exceção a parte alienada, agora está crescendo essa parte e em muitos lugares já é maioria, ou quese totalidade. Mas na essência continuo pensando que elas precisariam (ou precisam) contribuir mais com as coisas do mundo!
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