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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Alternativas para a Estrada do Colono

Já divulguei por aí que deveria ser feito um túnel para resolver o dilema da Estrada do Colono. Bem, quase já divulguei, porque levei num Jornal e nunca foi publicado... Mas não muito tempo depois saiu uma matéria parecida com a minha, com algum avanço que já colocava até a Unesco no meio da solução. Outra hora explico melhor; por agora aí vai a minha ideia que tinha sido levada para o dito Jornal:

Tendo em vista que a Estrada do Colono torna a ligação entre o sudoeste e o estremo oeste do Paraná muito mais rápida e econômica que a pelo contorno do Parque Nacional do Iguaçu - PNI, e que vários anos já se passaram após o início da luta entre defensores de sua manutenção e especialistas em ecologia que dizem que tal fato é muito prejudicial à fauna da região, três são as alternativas: a) desenvolver um antigo projeto do Sr. Antônio Bordin, onde seriam construídas cercas em toda a extensão da estrada, fazendo-se pontes sobre os desníveis existentes naquele percurso, possibilitando que os animais passem de um lado para o outro com segurança; b) construir uma “ponte” acima das arvores, deixando toda aquela extensão livre para o trafego de animais, como me sugeriu um importante formador de opinião aqui de Foz do Iguaçu; c) fazer um túnel ligando os dois lados do Parque, deixando sobre ele terra suficiente para que a flora se desenvolva.

A primeira alternativa “é a mais lógica”, porque é a mais barata, mas muitos especialistas em ecologia dizem ser ineficiente, pois ficariam barulho e poucos espaços de trânsito para os animais. A segunda é interessante porque resolveria o problema do espaço de tráfego dos animais, mas, apesar de eu não ter conversado com especialistas em ecologia sobre ela, provavelmente argumentarão que o barulho dos veículos, mesmo sobre as árvores, espantaria os animais a ponto de causar tanto dano quanto a estrada ora contestada. Portanto, a terceira alternativa parece-me a menos danosa – ou mesmo “não danosa” – à Natureza, porque o barulho, sob uma camada de terra razoável, seria mínimo, ou até inexistente.

Muitos, ao lerem essas duas últimas alternativas, devem estar achando que são “maluquices” não viáveis economicamente. Mas não são, porque, já que a integridade do PNI naquela região é tão importante, e os gastos para dar-se a volta pelo seu lado leste são enormes, qualquer investimento para resolver esse impasse é válido; ainda mais que uma ponte sobre as árvores ou um túnel “só para preservar a Natureza” traria enorme credibilidade ao Brasil e, com certeza, se tornaria grande ponto turístico. Além disso, apesar de eu achar que é viável e função do poder público arcar com tal empreendimento, uma ou outra construção desse porte e com tais características poderia ser arcada até pela iniciativa privada, que em troca exploraria pedágios e comércios nos dois extremos do Parque.

Outra coisa: Por que não fazer uma “Ponte” ou um Túnel entre o oeste e o sudoeste do Paraná, numa extensão pouco maior que a “Rio-Niterói”, menor que o “Eurotúnel” e várias outras obras do gênero, onde a mata é, segundo os especialistas em ecologia, um mar verdejante intocável em que só as alternativas da transposição por cima ou por baixo seriam ponderáveis, tal como o ocorrido entre Rio e Niterói e entre Inglaterra e França?

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