Quando de minha formatura na Polícia um oficial superior chegou à frente dos formandos e disse:
Parabéns! Vocês, agora, são verdadeiros homens, porque aguentaram toda humilhação que conseguimos aplicar... Mas, de hoje em diante precisarão levar em conta, além do que lhes ensinamos, que a sociedade espera que vocês consigam: correr, subir paredes, pular muros, entrar em matagais, entrar em casas para prender ou ajudar pessoas, sempre sabendo que, de um jeito ou de outro, muitos os acusarão de invasão de domicílio ou abuso de poder; estar sempre em boa forma física, quando a maioria das pessoas não estão; investigar, buscar e prender um criminoso em menos tempo que cinco juízes levam discutindo a legalidade dessa prisão; prender o criminoso no ato do crime, sem nunca esperar que às vezes possa acontecer a prisão depois, através de investigações (porque, senão, serão chamados de incompetentes e inúteis), e, no outro dia, na folga, ir até o tribunal prestar depoimento (aliás, prestar depoimento não: ser inquiridos como se só tivessem prendido o facínora por não ter tido como receber um suborno); possuir quatro braços, para poder dirigir sua viatura, chamar reforço policial e atirar contra criminosos (exatamente na perna; só na perna, porque, senão, dirão que vocês acertaram em outras partes por maldade, intencionalmente, como se estivessem tranquilamente num stand de tiro esportivo, imóvel, com as melhores armas e com treinamentos diuturnos na arte de atirar) e ainda chamar reforço pelo rádio; além de ter três pares de olhos (um com raio-X físico para saber o que os criminosos escondem em seus corpos; um com raio-X mental para saber as pessoas estão pensando; e outro normal, mas muito bom e treinado, para ver rapidamente todas as circunstâncias que ocorrem durante uma ação policial que, geralmente, dura segundos); cuidar do companheiro e, ao mesmo tempo, olhar uma vítima que esteja sangrando e ter discernimento necessário para dizer que tudo lhe sairá bem; acalmar ou dominar um drogado de 130 quilos sem nenhum incidente e, ao mesmo tempo, manter uma família de cinco pessoas com seu pequeno salário; estar sempre pronto para morrer em serviço, com sua arma em punho e com sentimento de honra correndo junto ao sangue. Mas não é só isso: a sociedade espera de vocês, também, que consigam: não precisar de reconhecimento (pois infelizmente para ser reconhecido e homenageado, mesmo quando façam atos heróicos, terão que já estar mortos); não ter compaixão, pois ao sair do velório de um companheiro, terão que voltar ao serviço e cumprir sua missão normalmente; ao chegar em casa deverão esquecer que ficou de frente com a morte e dar um abraço carinhoso em seus filhos dizendo que está tudo bem; terão que esquecer os tiros disparados contra seus corpos, as ameaças sofridas e o baixo salário; suportar as cenas de crimes, as portas do inferno, consolar a família de uma vítima de homicídio (mesmo quando o morto for um contumaz criminoso) porque, senão, no outro dia lerá nos periódicos que os policiais são insensíveis aos Direitos dos Criminosos; e, por fim, mesmo depois de tudo isso, terão que ter muita coragem para, no dia seguinte, acordar e retornar ao trabalho, sem saber se irá voltar para casa novamente. Só tem uma coisa que, sei, vocês não serão cobrados: que tenham lágrimas! Mas eu sei que as têm, porque vocês são homens e, muitas vezes, choram por todas as emoções que carregam dentro de si; por um companheiro caído; por um pedaço de pano chamado bandeira e por um sentimento chamado justiça!
Dedicação a todos os policiais que deixam suas casas, famílias, amigos e sonhos, encarando a morte no combate à criminalidade, garantindo assim a ordem pública e zelando pela nossa segurança, mesmo que isso custe suas próprias vidas!
Autor: desconhecido (Com adaptações feitas por mim)
Parabéns! Vocês, agora, são verdadeiros homens, porque aguentaram toda humilhação que conseguimos aplicar... Mas, de hoje em diante precisarão levar em conta, além do que lhes ensinamos, que a sociedade espera que vocês consigam: correr, subir paredes, pular muros, entrar em matagais, entrar em casas para prender ou ajudar pessoas, sempre sabendo que, de um jeito ou de outro, muitos os acusarão de invasão de domicílio ou abuso de poder; estar sempre em boa forma física, quando a maioria das pessoas não estão; investigar, buscar e prender um criminoso em menos tempo que cinco juízes levam discutindo a legalidade dessa prisão; prender o criminoso no ato do crime, sem nunca esperar que às vezes possa acontecer a prisão depois, através de investigações (porque, senão, serão chamados de incompetentes e inúteis), e, no outro dia, na folga, ir até o tribunal prestar depoimento (aliás, prestar depoimento não: ser inquiridos como se só tivessem prendido o facínora por não ter tido como receber um suborno); possuir quatro braços, para poder dirigir sua viatura, chamar reforço policial e atirar contra criminosos (exatamente na perna; só na perna, porque, senão, dirão que vocês acertaram em outras partes por maldade, intencionalmente, como se estivessem tranquilamente num stand de tiro esportivo, imóvel, com as melhores armas e com treinamentos diuturnos na arte de atirar) e ainda chamar reforço pelo rádio; além de ter três pares de olhos (um com raio-X físico para saber o que os criminosos escondem em seus corpos; um com raio-X mental para saber as pessoas estão pensando; e outro normal, mas muito bom e treinado, para ver rapidamente todas as circunstâncias que ocorrem durante uma ação policial que, geralmente, dura segundos); cuidar do companheiro e, ao mesmo tempo, olhar uma vítima que esteja sangrando e ter discernimento necessário para dizer que tudo lhe sairá bem; acalmar ou dominar um drogado de 130 quilos sem nenhum incidente e, ao mesmo tempo, manter uma família de cinco pessoas com seu pequeno salário; estar sempre pronto para morrer em serviço, com sua arma em punho e com sentimento de honra correndo junto ao sangue. Mas não é só isso: a sociedade espera de vocês, também, que consigam: não precisar de reconhecimento (pois infelizmente para ser reconhecido e homenageado, mesmo quando façam atos heróicos, terão que já estar mortos); não ter compaixão, pois ao sair do velório de um companheiro, terão que voltar ao serviço e cumprir sua missão normalmente; ao chegar em casa deverão esquecer que ficou de frente com a morte e dar um abraço carinhoso em seus filhos dizendo que está tudo bem; terão que esquecer os tiros disparados contra seus corpos, as ameaças sofridas e o baixo salário; suportar as cenas de crimes, as portas do inferno, consolar a família de uma vítima de homicídio (mesmo quando o morto for um contumaz criminoso) porque, senão, no outro dia lerá nos periódicos que os policiais são insensíveis aos Direitos dos Criminosos; e, por fim, mesmo depois de tudo isso, terão que ter muita coragem para, no dia seguinte, acordar e retornar ao trabalho, sem saber se irá voltar para casa novamente. Só tem uma coisa que, sei, vocês não serão cobrados: que tenham lágrimas! Mas eu sei que as têm, porque vocês são homens e, muitas vezes, choram por todas as emoções que carregam dentro de si; por um companheiro caído; por um pedaço de pano chamado bandeira e por um sentimento chamado justiça!
Dedicação a todos os policiais que deixam suas casas, famílias, amigos e sonhos, encarando a morte no combate à criminalidade, garantindo assim a ordem pública e zelando pela nossa segurança, mesmo que isso custe suas próprias vidas!
Autor: desconhecido (Com adaptações feitas por mim)
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